Vou propor-te um desafio!
Antes de iniciares a leitura deste texto olha à tua volta.
Vai ao quarto do teu filho. Vai à sala. Olha bem para os seus brinquedos e observa quantos são de plástico. Que cores têm? Apercebe-te da dificuldade que é escolher um. Repara quantos fazem barulhos.
Agora que já viste o que te pedi. Lê com atenção.
O brinquedo deve ser simples. A criança deve usá-lo para estimular a sua imaginação e criatividade. Um brinquedo onde a criança assiste ao seu movimento e não participa nele, não está a desenvolver estas competências. Essenciais, a meu ver.
Repara neste exemplo. Um brinquedo em forma de animal de plástico que anda sozinho. Um brinquedo de madeira, igualmente com rodas, mas que a criança tem de andar com ele.
Se pudesses tocar nos dois sentirias que os brinquedos de madeira proporcionam uma sensação agradável ao tocá-los, são mais quentes. Além disso, cada um tem texturas distintas oferecendo à criança sensações que o cérebro vai registando enquanto brincam. O plástico é frio. O brinquedo de madeira é resistente. O de plástico pode partir e magoar. O de madeira é ecológico, natural.
Os brinquedos de madeira não são muito mais caros que os de plástico. Mas duram imensamente mais.
"A criança farta-se do brinquedo e temos sempre de andar a comprar outros. Portanto, quanto mais barato melhor e depois parte vai para o lixo e vem um novo."
Vamos pensar na razão pela qual a criança se farta do brinquedo? Porque quanto menos oferece o brinquedo, mais fará a imaginação e criatividade da criança. Objetos menos estruturados são mais polivalentes.
Assim, a criança farta-se rapidamente dos brinquedos com muita cor, sons e estruturados, porque aquele barulho já não a motiva, porque aquele movimento já não o cativa. Ele quer outros movimentos. Ele quer que aquele carro seja um avião. Ele quer que aquele carro ande na areia, na água, na terra... Ele quer imitar o som dos carros.
Com um brinquedo de madeira a criança fica concentrada a brincar e a imaginar.
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